O materialismo gera ou o sentido individual da comodidade e do prazer como finalidade da existência, ou o sentido da subordinação aos sofrimentos e às situações consumadas.
O materialista epicurista só trata de si, tornando-se incapaz de sacrificar um interesse pelo supremo interesse nacional. O materialista estoico faz da dor, do padecimento, um ato com finalidade em si próprio, por conseguinte, um motivo de vitória do “eu”, em razão e no interesse do próprio “eu”.
Sob esse aspecto, o materialismo epicurista, gozador, confunde-se com o materialismo resignado, impassível, cético; um e outro se tornam o culto do egoísmo.
Não há uma terceira forma de materialismo. Por mais variadas que sejam as filosofias baseadas na matéria, todas elas, no fundo, submetem-se a uma dessas expressões do egoísmo. Ou a alegria dionisíaca do individualismo sem peias, ou o sorriso melancólico do individualismo represado. Egoísmo centrífugo, ou egoísmo centrípeto, um e outro negadores do Espírito Imortal, levam à dissociação do grupo natural, assim como levam à insubsistência do grupo nacional.
Pregar, portanto, nacionalismo sem espiritualismo, é lançar artificialmente ideias sem alma. É pretender criar um nacionalismo intelectual, sem a força do sentimento.

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