Em uma análise brasileira e QTP, é possível reconhecer que o reinado de Dom Pedro II teve altos e baixos, mas foi fundamental para a construção de uma dialética nacional, articulando elementos diversos da nossa identidade em formação.
Reconhecer isso não significa atribuir-lhe papéis que nunca exerceu, nem cair em delírios de saudosismo monarquista. Muito menos implica ignorar seus erros — como o envolvimento em guerras fratricidas que marcaram parte de seu governo.
No entanto, tampouco devemos demonizá-lo, como fazem alguns. É necessário analisá-lo com objetividade, reconhecendo suas limitações, mas também exaltando seus méritos e legados.
Pedro II era um liberal em muitos aspectos, mas seu legado e simbolismo vão além das fronteiras ideológicas. Por isso, é um erro restringir sua figura à narrativa exclusivamente liberal.
Devemos resignificar a figura do nosso imperador, retirando-o da narrativa liberal e transformando-o em mais um dos símbolos da nacionalidade em nossa história, sob uma nova perspectiva nacionalista. Assim, poderemos resgatar o sentido profundo de sua profecia e trabalhar para torná-la realidade:
“O Brasil será o herdeiro, o representante, o continuador das glórias da raça latina no globo.”
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