A Quarta Teoria Política descarta completamente a ideia de irreversibilidade da história. O tempo é um fenômeno social; sua estrutura não depende dos caracteres do objeto, mas da dominação de paradigmas sociais, porque o objeto é designado pela própria sociedade. Na sociedade moderna, o tempo é visto como irreversível, progressivo e unidirecional.
Mas isso não é necessariamente verdade dentro de sociedades que não aceitam a Modernidade. Em algumas sociedades sem uma concepção estritamente moderna do tempo, concepções cíclicas e até mesmo regressivas do tempo existem. Por isso, a história política é considerada na topografia de várias concepções do tempo para a Quarta Teoria Política. Há tantas concepções de tempo, quanto há sociedades.
A Quarta Teoria Política não descarta o progresso e modernização simplesmente, porém. Essa teoria contempla o progresso e a modernização relativa e intimamente conectada com as atuais ocasiões semânticas históricas, sociais e políticas, como na Teoria Ocasionalista. O progresso e a modernização são reais, mas relativos, não absolutos. Nós estamos falando sobre fases específicas, mas não sobre a marca absoluta da história. É por isso que a Quarta Teoria Política sugere versões alternativas de história política baseada no Ocasionalismo sistematizado.
A Quarta Teoria Política usa uma concepção socialmente dependente de tempo reversível. No contexto da modernidade, voltar de algum ponto da história para um ponto anterior é impossível. Mas é possível no contexto da Quarta Teoria Política. A ideia do Novo Medievo de Berdyaev é um tanto aplicável.
Sociedades podem ser variadamente construídas e transformadas. A experiência dos anos 90 é bem demonstrativa disso: as pessoas na URSS tinham certeza que o socialismo procederia do capitalismo, mas não vice versa.
Porém na década de 90, eles viram o oposto; capitalismo seguindo socialismo. É bem possível que a Rússia ainda poderia ver o feudalismo, uma sociedade escravagista, bem como o comunismo ou a sociedade primordial emergir depois disso.
Aqueles que riem disso são cativos do Moderno e de sua Reconhecendo a reversibilidade do tempo político e histórico, nós chegamos a um novo ponto de vista pluralista dac iência política e alcançamos a perspectiva avançada necessária para a construção ideológica.
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